quarta-feira, setembro 26, 2007

Não há bem que sempre dure nem mal que nunca se acabe

Eu sofro de uma doença silenciosa e não-contagiosa. Peguei o vírus oito anos atrás.
No começo ele não se manifestava de forma tão incômoda, mas já ao final do primeiro ano os sintomas de que algo não ia bem se começaram a aparecer. Foram mais dois anos de batalhas internas travadas dia a dia entre a doença e meus neurônios, glóbulos brancos, vermelhos e todo o resto.
Às vezes era mais dolorido, sufocante; em outras, só ficava um sentimento de vazio, parecido com aquele que temos ao comer maçã quando estamos com fome.
Um belo dia a doença estava me incomodando tanto que resolvi que não precisava mais. Os sintomas desapareceram. O vírus não manifestava mais sua presença em mim, e assim foi por outros dois anos.
Então, percebendo que a cura definitiva não ocorrera, resolvi - mesmo sabendo de todos os riscos - reativar o vírus para poder definitivamente matá-lo. Eu sabia que ela estava ali, mas não era mais tão incômodo. E eu tinha alguns remédios contra ela, mesmo que às vezes fossem simples placebos. Só que agora minha imunidade está baixa e o vírus ganhou mais força do que antes.
Essa doença é popularmente conhecida como Faculdade e seu nome científico é Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.
Ainda faltam dois semestres e meio pra eu me curar, mas que ela não me mata, ah, não me mata.

Um comentário:

Unknown disse...

A PUC não mata mas achata!!!!!
E como é chata!!!!
Força !!!!
:o**